05 maio 2015

Segredos da Segunda Guerra: O Exército Fantasma de George S. Patton


Desembarque Aliado na praia de Omaha, 6 de junho de 1944.

Tão logo a Wargaming anunciou o novo mapa Overlord, que representa e homenageia a Invasão da Normandia, lembrei da história da Operação Fortitude, uma missão de desinformação contra o Exército Alemão e um dos responsáveis pelo sucesso do Dia D.

O que foi a Operação Overlord?
Operação Overlord foi o codinome para a Batalha da Normandia. A operação teve início em 6 de junho de 1944, com os desembarques da Normandia (Operação Netuno, vulgarmente conhecido como Dia-D). Um ataque aéreo de 1.200 aviões precedeu um desembarque anfíbio, envolvendo mais de 5.000 embarcações. Cerca de 160.000 homens cruzaram o Canal da Mancha. A operação propiciou a entrada de mais de três milhões de aliados na França até o final de agosto.









Alugando a cabeça do Tio Adolf
Operação Bodyguard e suas sub-operações.
A Operação Fortitude foi dividida em duas frentes, Norte e Sul.
Defesas costeiras alemãs foram intensificadas em 1944, com os alemães se preparando para defender toda a costa do noroeste da Europa. Os Aliados já havia empregado operações falsas contra os alemães, auxiliados pela captura de todos os agentes alemães no Reino Unido e na descriptografia sistemática das comunicações alemã com o uso da máquina Enigma, capturada de um submarino. Uma vez que a Normandia tinha sido escolhido como o local da invasão, foi decidido tentar enganar os alemães, dando a entender a verdadeira invasão era para ser em outro lugar. Essa operação foi chamada de Bodyguard e foi dividída em várias sub-operações, sendo uma delas a Operação Fortitude.

A Operação Fortitude começou em 1943 sob os cuidados da Seção de Controle de Londres (LCS). O objetivo deste plano era levar os alemães acreditarem que a invasão do noroeste da Europa seria muito mais tarde do que foi planejado e que os ataques seriam nos Balcãs, no sul da França, Noruega e ataques soviéticos na Bulgária e norte da Noruega.



 








Inflando o ego de Patton

"Paradummy". Manequins simulando paraquedistas
Para a operação ter resultados, os Aliados tinham desenvolvido uma série de metodologias, referido como "meios especiais". Eles incluíram combinações de fraude física, transmissões de rádio falsas e vazamentos por via diplomática ou agentes duplos. Nas duas operações (Norte e Sul) foram usadas todas estas técnicas em graus diferentes. Por exemplo, a Operação Norte dependia fortemente de transmissões, enquanto Fortaleza do Sul utilizou a rede de aliados de agentes duplos. Nas duas as fraudes físicas foram empregadas.

A fraude física ficou sob responsabilidade do General George S. Patton, que criou a 1st US Army Group (FUSAG), divisão fictícia baseado em Edimburgo e no sul da Inglaterra, com “alvo” a Noruega (Operação Norte) e Pas de Calais (Operação Sul). A operação foi destinada a desviar a atenção para longe do eixo da Normandia e, após a invasão, em 6 de junho de 1944, para atrasar reforço por convencer os alemães de que a Normandia era um ataque falso.
Insignia falsa da 1st US Army Group (FUSAG)

A 1st US Army Group (FUSAG) era composta de unidades infláveis que simulavam infra-estruturas e  equipamentos, uso de manequins e iluminação. Vazamentos de informações controladas através dos canais diplomáticos, transmissões falsas e a presença pública da divisão fictícia de George S. Patton, incluindo visitas reais do próprio Patton nos locais de concentração, além da presença da 21a Army Group, uma divisão real sob os cuidados do General Bernard Montgomery, contribuíram para reforçar a dissimulação. Mais tarde, a 21a foi realmente usada nas invasões da Normandia.



General George S. Patton
Falso e... inútil
Durante o curso das Operações, a falta de reconhecimento aéreo alemão, juntamente com a ausência de agentes alemães na Grã-Bretanha, causou um resultado quase irrelevante do uso do “exército inflável” de Patton. Apesar disso, a visão de longo prazo tomadas pela inteligência britânica cultivando agentes duplos como canais de desinformação para o inimigo, o uso de mensagens criptografadas geradas pela máquina Enigma capturada e a ideia do comando alemão que George Patton lideraria os ataques ao Eixo foram essenciais para o sucesso das operações de dissimulação.

O desembarque na Normandia pegou os alemães de surpresa, levando a Wehrmacht atrasar o envio de reforços para a região de Pas de Calais por quase sete semanas. 


Qapla'

#alegetbrz



 Galeria: O Exército Fantasma de Patton








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