05 maio 2015

Segredos da Segunda Guerra: O Exército Fantasma de George S. Patton


Desembarque Aliado na praia de Omaha, 6 de junho de 1944.

Tão logo a Wargaming anunciou o novo mapa Overlord, que representa e homenageia a Invasão da Normandia, lembrei da história da Operação Fortitude, uma missão de desinformação contra o Exército Alemão e um dos responsáveis pelo sucesso do Dia D.

O que foi a Operação Overlord?
Operação Overlord foi o codinome para a Batalha da Normandia. A operação teve início em 6 de junho de 1944, com os desembarques da Normandia (Operação Netuno, vulgarmente conhecido como Dia-D). Um ataque aéreo de 1.200 aviões precedeu um desembarque anfíbio, envolvendo mais de 5.000 embarcações. Cerca de 160.000 homens cruzaram o Canal da Mancha. A operação propiciou a entrada de mais de três milhões de aliados na França até o final de agosto.









Alugando a cabeça do Tio Adolf
Operação Bodyguard e suas sub-operações.
A Operação Fortitude foi dividida em duas frentes, Norte e Sul.
Defesas costeiras alemãs foram intensificadas em 1944, com os alemães se preparando para defender toda a costa do noroeste da Europa. Os Aliados já havia empregado operações falsas contra os alemães, auxiliados pela captura de todos os agentes alemães no Reino Unido e na descriptografia sistemática das comunicações alemã com o uso da máquina Enigma, capturada de um submarino. Uma vez que a Normandia tinha sido escolhido como o local da invasão, foi decidido tentar enganar os alemães, dando a entender a verdadeira invasão era para ser em outro lugar. Essa operação foi chamada de Bodyguard e foi dividída em várias sub-operações, sendo uma delas a Operação Fortitude.

A Operação Fortitude começou em 1943 sob os cuidados da Seção de Controle de Londres (LCS). O objetivo deste plano era levar os alemães acreditarem que a invasão do noroeste da Europa seria muito mais tarde do que foi planejado e que os ataques seriam nos Balcãs, no sul da França, Noruega e ataques soviéticos na Bulgária e norte da Noruega.



 








Inflando o ego de Patton

"Paradummy". Manequins simulando paraquedistas
Para a operação ter resultados, os Aliados tinham desenvolvido uma série de metodologias, referido como "meios especiais". Eles incluíram combinações de fraude física, transmissões de rádio falsas e vazamentos por via diplomática ou agentes duplos. Nas duas operações (Norte e Sul) foram usadas todas estas técnicas em graus diferentes. Por exemplo, a Operação Norte dependia fortemente de transmissões, enquanto Fortaleza do Sul utilizou a rede de aliados de agentes duplos. Nas duas as fraudes físicas foram empregadas.

A fraude física ficou sob responsabilidade do General George S. Patton, que criou a 1st US Army Group (FUSAG), divisão fictícia baseado em Edimburgo e no sul da Inglaterra, com “alvo” a Noruega (Operação Norte) e Pas de Calais (Operação Sul). A operação foi destinada a desviar a atenção para longe do eixo da Normandia e, após a invasão, em 6 de junho de 1944, para atrasar reforço por convencer os alemães de que a Normandia era um ataque falso.
Insignia falsa da 1st US Army Group (FUSAG)

A 1st US Army Group (FUSAG) era composta de unidades infláveis que simulavam infra-estruturas e  equipamentos, uso de manequins e iluminação. Vazamentos de informações controladas através dos canais diplomáticos, transmissões falsas e a presença pública da divisão fictícia de George S. Patton, incluindo visitas reais do próprio Patton nos locais de concentração, além da presença da 21a Army Group, uma divisão real sob os cuidados do General Bernard Montgomery, contribuíram para reforçar a dissimulação. Mais tarde, a 21a foi realmente usada nas invasões da Normandia.



General George S. Patton
Falso e... inútil
Durante o curso das Operações, a falta de reconhecimento aéreo alemão, juntamente com a ausência de agentes alemães na Grã-Bretanha, causou um resultado quase irrelevante do uso do “exército inflável” de Patton. Apesar disso, a visão de longo prazo tomadas pela inteligência britânica cultivando agentes duplos como canais de desinformação para o inimigo, o uso de mensagens criptografadas geradas pela máquina Enigma capturada e a ideia do comando alemão que George Patton lideraria os ataques ao Eixo foram essenciais para o sucesso das operações de dissimulação.

O desembarque na Normandia pegou os alemães de surpresa, levando a Wehrmacht atrasar o envio de reforços para a região de Pas de Calais por quase sete semanas. 


Qapla'

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 Galeria: O Exército Fantasma de Patton








WoT na História: Mãe Russia contra os Grandes Felinos alemães.

Nada como estragar o dia do time inimigo com aquele tirinho de 152mm do SU-152 ou do ISU-152. Toda vez que uso um dos dois vem a minha cabeça como foi a concepção desses "monstros" e de que dano ele realmente foi capaz.

Já de cara vi que a concepção dessas duas máquinas estavam diretamente ligadas a introdução dos Grandes Felinos alemães (Tiger/Panther) na frente Russa. O que mais impressionou foi a boa e velha tradição dos russos quanto a praticidade. Pra que perder tempo criando algo que já existe e é comprovadamente eficaz?

Se é bom para concreto, deve ser ótimo para aço!
Em 1937 o Exército Vermelho começou os testes de um canhão concebido para lidar com bunkers de concreto e posições inimigas com sua alta carga explosiva maciça. O ML20-Obus era a resposta a essa demanda e foi equipado nas peças de artilharia rebocada. Entre 1937 à 1946 foram produzidos mais de 6,884 desses equipamentos.

ML20-Obus



E tão logo a Alemanha colocou na Frente Oriental o Tiger e Panther, O comando do Exército Vermelho decidiu que precisaria de uma abordagem semelhante ao que a Inglaterra fez com o encouraçado Bismark. Eliminação imediata! Para isso precisariam desenvolver uma arma desse conta da blindagem de 100mm. Pra quê desenvolver? Coloque o  ótimo canhão ML20-Obus, já testado a exaustão contra bunkers, sobre um chassi KV e tudo estará resolvido! Nascia o SU-152.


SU-152 abandonado, sendo inspecionado pelo Exército Alemão


Tanto bate até que fura
O caça-tanques SU-152 foi produzido entre fevereiro a dezembro de 1943 e totalizou 671 veículos usados no campo de batalha. Já nos primeiros testes o ML20-Obus demonstrou que além do seu objetivo principal, destruir bunkers, a arma de 152mm era devastadora contra as blindagens alemãs. Em um dos testes realizados com tanques capturados, a placa frontal superior de um Panther não era páreo para o enorme dano da munição AP de 152 milímetros. Mesmo o Ferdinand não pode suportar o poder de fogo do ML-20. Em alguns testes, a 152 milímetros AP consegue arrancar metade da placa frontal e a trajetória do tiro continua até atravessar todo o tanque.

Arquivos Russos: Foto nº 37: Frente do Panther: “Ricochete” de disparo direto com AP de 152 na blindagem com dano de 360x470mm a uma distância de 1.200m

Foto nº 38: Torre do Panther: Disparo direto a 1.200m com munição HE. Dano de 350x370mm. A explosão da munição HE abriu dois buracos na torre, de entrada e de saída
Foto nº 41 e 42 mostra a Ferdinand antes e depois do disparo com o ML-20.

 



Foto nº 9: Placa frontal inferior do TigerII: Disparo a 100m com munição AP
Resultado: Penetração e rompimento de solda.

Foto nº 14: Mesma placa frontal inferior do TigerII mas mostrando o outro lado da placa.
O King perde a coroa
Nem o sucessor do Tiger, o Tiger II (King Tiger) teve chance contra o ML20-Obus. Com o decorrer da guerra a Alemanha não foi tão cuidadosa na produção das peças do Tiger II, criando uma blindagem de má qualidade. O resultado dos testes com o Tiger II mostra essa deficiência de forma clara ao evidenciar a separação de peças. Tiros ao lado da torre do Tiger II eram tão eficazes quanto em outras partes, sendo que a munição 152mm AP conseguia penetrar na entrada e na saída.











 























Mais assustador do que nunca
Testes com ML20-Obus carregados com munição HE mostraram que essa munição era muito mais eficaz. De quebra poderiam usar o mesmo veículo para dois propósitos: Destruir bunkers e danificar tanques. E como danificou. Tanto que as munições 152mm HE acabaram assumindo o papel de munição padrão e, no decorrer da guerra, raramente foram usadas munições AP em canhões ML20-Obus. O impacto do uso de munições HE de 152mm causou uma campanha muito eficaz contra a moral alemã, que apelidaram todos os canhões de 152mm de "Dosenöffner" (abridor de lata) e difundido pelos russos como "Zveroboy" (matador de bestas).




King Tiger não foi páreo para o 152mmAP

Melhorando o que já é bom

Devido ao término da produção dos KV-1, a falta do chassi KV trouxe o desenvolvimento de uma nova máquina. Sob o chassi IS, o mesmo canhão ML20-Obus renasce como o ISU-152 e logo se torna uma lenda. o ISU-152 teve 4.635 veículos construídos entre novembro de 1943 a junho de 1945. Posteriormente o canhão ML20-Obus é substituído por outros modelos até a chegada do lendário 152 mm BL-10, alcançando seu ápice com um alcance total de tiro de mais de 19km, munições com 48,5kg e velocidade de saída de 880 m/s. Posteriormente, com o fim da guerra, o canhão ML20-Obus volta a cena sob um chassi de IS3 e a designação de protótipo Object 704, aprovado pelo Exército Vermelho mas sem uso em batalha até os dias de hoje. 



ISU-152




Qapla'

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Fonte: http://tankarchives.blogspot.ca/2013/03/suisu-152-vs-german-big-cats.html

22 abril 2015

Wot na História : Série AMX 13


Essa semana a Wargaming introduz no World of Tanks o pequeno AMX 13 57 GF. Você deve se perguntar "mas de onde vem tantas versões do mesmo tanque? Essa versão existiu ou só ficou no papel?"

Para responder essas e outras perguntas, vou dedicar esse espaço à minha classe preferida e seus representantes franceses. Não importa o canhão, o fato é que o chassi e a torre ocilante da série 13 formam um dos conjuntos de maior sucesso entre os leves de toda a história da fabricação de máquinas bélicas. Leia e curta essa viagem pelo universo do AMX 13!

AMX 13 57 introduzido no World of Tanks

 
Nasce pequeno para agir com grandeza
Idealizado em 1946 pelo Atelier de Construction d'lssy-les-Moulineaux, a versão básica do AMX 13 foi projetado para atender a uma exigência de um veículo para transporte aéreo onde o objetivo principal era apoiar os para-quedistas do exército francês.  O primeiro protótipo ficou pronto em 1948 e já mostra o compacto chassi numa suspensão de barra de torção com cinco rodas de esteira e duas rodas reversas, o motor percorre toda a extensão do tanque do lado direito com o motorista ao lado esquerdo.

Versão básica do AMX 13 com canhão de 75mm

O chassi do AMX-13 é todo soldado e é dividido em três compartimentos: Os compartimentos do condutor e do motor estão localizados na parte da frente e a torre é montada na parte traseira. O canhão principal é fixado na sua posição pela parte superior da torre; para elevar ou abaixar a arma, a metade superior é articulada sobre a metade inferior. A escolha da torre oscilante de duas partes foi idealizado para suportar um sistema automático de carregamento por tambor (sistema "revólver").


Detalhe da torre oscilante FL 10
Armas do pequeno notável
O canhão original de 75 milímetros é supostamente inspirado no Alemão de 7,5 centímetros KwK 42 L/70 gun (usado, entre outros, no Panther), mas dispara munições muito diferentes. Foi adaptado com um sistema de carregamento automático em dois períodos de seis tiros. O canhão tinha uma taxa de tiro aproximadamente de 5 segundos por tiro, sendo limitado a 12 tiros por rodada. Os 12 tiros disponíveis nos carregadores permitia a tripulação atingir alvos rapidamente, no entanto, uma vez que esses tiros foram gastos, o veículo tinha que recuar e a tripulação recarregá-los do lado de fora do veículo. Além do canhão, uma metralhadora de 7,62mm foi montado internamente à direita do canhão principal e outra do mesmo calibre externamente perto da posição do comandante. Na torre também foi instalado 4 tubos lançadores de fumaça operados eletricamente.

Em meados de 1960, o canhão de 75mm foi substituindo por um de 90mm, sendo a versão mais produzida e comercializada, além da modernização das versões antigas, com 75mm. Além dessa versão, uma versão AMX 13 105, com canhão de 105mm, foi projetado exclusivamente para exportação.


Principal mudança para exportação é o canhão de 105mm
Na foto: detalhe da torre com canhão de 105mm
Nascido na França, criado para o mundo.
Dependendo das necessidades individuais de cada nação, o AMX 13 poderia levar um motor à diesel ou gasolina, além de uma transmissão de cinco velocidades. O alcance de atuação variava conforme o motor sendo, 350 a 400 km para a versão a gasolina ou 550 a 600 da versão à diesel.

Entre 1953 à 1985, a plataforma AMX 13 serviu não só o exército francês, mas também foi exportado para mais de 25 nações. A produção total da série AMX-13 é de cerca de 7.700 unidades, dos quais cerca de 3.400 foram exportados. Incluindo protótipos e versões de exportação, existem mais de uma centena de variantes, inclusive peças de artilharia, sistemas anti-aéreos e veículos de transporte de pessoal. Embora a produção tenha cessado em 1985, o AMX-13 manteve-se uma opção viável para muitas nações menores que procuram um projeto de tanque confiável e que também pode ser adaptado para diversas aplicações.

 


Família numerosa e faminta
Muitas versões e protótipos com base no AMX 13 básico foram criados. Entre os principais, os mais interessantes são as versões antiaérea e a plataforma para mísseis HOT. Também foram adaptados muitas versões para exportação, conforme a necessidade específica de cada nação. Listamos abaixo os principais protótipos, além das versões usadas pelos mais variados exércitos:

Char AMX 13 (2A)
Protótipos
  • Char AMX 13 (2A) – Protótipo de torre ocilante e 4 rodas (pneu) 
  • Char AMX 13 (2B) – Protótipo de torre ocilante e 5 rodas (pneu)
  • Char AMX 13 (2C) – Protótipo com torre FL-10 e 2 rolos de suporte
  • Char AMX 13 (2D) – Protótipo com torre FL-10 e 4 rolos de suporte
  • Char AMX 13 (2E) – Protótipo com canhão de 90mm e 3 rolos de suporte
  • Char AMX 13 (2F) – Protótipo com canhão de 90mm e manta térmica no canhão
  • AMX 13 avec tourelle – Protótipo com torre alemã HS-30
  • AMX 13 F3 155 Prot – Protótipo sem torre e com canhão obus de 155mm
  • AMX 13/75 (AMX-13e) - Protótipo com canhão curto de 75mm numa torre FL-11
  • Char AMX 13 avec Canon 57 L/100 – Protótipo especial com canhão de 57mm
  • AMX 13 Twin 20 – Protótipo com 2 canhões de 20mm
  • Char 48FCM ou Char 12T FCM Protótipo com 4 canhões de 20mm
  • Char 13T DCA – Protótipo com canhão 40mm Bofors
  • AMX 13 GTI – Protótipo com suspensão Krauss-Maffei
  • AMX 13 THS – Protótipo com transmissão Hydrostatic
  • AMX 13 HOT – Protótipo com canhão de 75mm e 4 mísseis HOT ATGM


Variantes de exportação

Holanda
  • AMX-13/FL-12 – Versão modernizada pelo próprio exército holandês, têm sistema infravermelho e metralhadoras FN MAG.
  • AMX-13/FL-15 – Versão com torre FL-15
Singapura
  • AMX-13SM1 – Versão modernizada a partir do AMX13 básico (mas com torre FL-11) com novo motor a diesel, transmissão e suspensão controladas por computador, comunicação via satélite, sistema de seleção de alvo à laser, visão noturna. O canhão de 75 foi mantido.
Suíça
  • Leichter Panzer 51 – Versão do Exército Suíço para o AMX13 básico
Peru
  • AMX-13PA5 Escorpion – Versão do AMX 13 105. Além do canhão de 105mm a versão peruana possui sistema de comunicação via satélite e 4 mísseis 9M14-2T.
  • AMX-13PA8 Escorpion-2 – Versão do AMX 13 105 equipado com sistema de tiro DANTE (controle balístico por coputador, sistema de mira laser, visão noturna e sistema CCTV). 4 mísseis ucranianos anti-tanque guiados a laser e metralhadoras de 12,7mm
Venezuela
  • AMX-13V CLI – Versão do AMX 13 90
  • AMX-13 [LAR-160] – Versão MLRS armado com foguetes LAR-160mm.
  • AMX-13M51 Ráfaga – Versão antiaérea com 2 canhões de 40mm
Argentina
  • AMX Mk F3 – Versão 155mm auto-propulsada

Outros compradores (em unidades)
  • Camboja - 12
  • Costa do Marfim - 5
  • Chipre - 12
  • Djibouti - 60
  • Equador - 102
  • Indonésia - 500
  • México - 409 AMX-VCI
  • Chile - 12 AMX Mk F3 155mm versão auto-propulsada
  • República Dominicana - 15
  • Guatemala - 12
  • Líbano - 35
  • Holanda – 131

Com toda essa informação não se pode negar. Um dos projetos de tanques pós segunda guerra de maior sucesso é a plataforma AMX 13.

Mas além do sucesso na vida real, motivos para adorar a linha AMX 13 dentro do WoT não faltam. Se você encontrar um AMX 13 (seja 75, 90 ou 57mm) no campo de batalha, pode ser que eu esteja na “boléia”... e fica o aviso. Cuidado!

Qapla'

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07 abril 2015

Ases em blindados: Michael Wittmann

Nada melhor que uma máquina formidável de combate pronta para destruir tudo que cruzar seu caminho. Sem problemas! naquela época tínhamos o bom e velho Tiger I que fazia muito bem este papel, porém, antes mesmo de dermos uma olhada bem profunda nessa máquina, devemos lembrar quem deu ao tanque a fama de ser tão mortífero em campo de batalha. Assim surgem os ases senhores, pessoas com habilidades únicas em campo de batalha que, a sangue frio, fizeram história durante a guerra, seja por sobrevivência, número de inimigos mortos ou outros feitos extraordinários.
Hoje lhes trago Michael Wittmann, não o maior, mas talvez o mais lembrado ás alemão da Panzerwaffe.

Começamos pelo... começo:

Ele nasceu em 22 de abril de 1914, em um povoado chamado Vogelthal, na região de Baviera na Alemanha. Nascido em uma família de agricultores, no dia 30 de outubro de 1934 se junta ao exército alemão, e designado para o 19° batalhão de infantaria como Grefeiter ou no caso, Corporal. Com 22 anos, em 1936, ingressa na Allgemeine-SS, que era uma entidade paramilitar nazista criada em 1934 que posteriormente iria se juntar a waffen-SS. Em 1937 ele entra para a Leibstandarte-SS "Adolf Hitler" ou "LSSAH" e recebeu a classificação de SS-mann. Depois de um ano, Wittmann participa da ocupação da Áustria em uma divisão de carros blindados.





E de onde veio a fama?

StuG III Ausf. A - Recém fabricado na época
No início da guerra, sua primeira experiência foi em uma invasão a Polônia, servindo como comandante do recém fabricado StuG III, durante a guerra dos balcãs. Realizando um "Spearhead" ao lado da 9° divisão panzer na Grécia no dia 6 de abril de 1941. Após 3 semanas a Grécia já havia sido conquistada e Wittmann é enviado para a Checoslováquia para uma remodelagem de sua unidade. Nenhum destaque até então, a não ser da enorme aptidão que soldados relatavam sobre seu SPG em campo de batalha.

Após sua remodelagem, ele foi enviado para o front leste, e em 1942, frequentando a escola de cadetes da SS, é elevado a SS-Untersturmfuhrer, ou no caso, segundo-tenente. É justamente em 1942 que Michael conhece Balthasar Woll, de apelido "Bobby" que, em equipe com o segundo-tenente, formariam uma das duplas mais mortíferas dentro de blindados. E é no mesmo ano transferido para o regimento Panzer SS 1, desta vez dentro de um Panzer III.

Panzerkampfwagen III Ausf. L de 1942
Deste tempo em diante foi só uma questão de tempo até todos notarem que ele fazia diferença e inclusive em 1943, ja comandante de um Tiger I durante a batalha de Kursk, ele ja seria o líder de um pelotão inteiro. Mas e os números? então, em 1944 recebia a cruz de cavaleiro de ferro pois a aquela altura já havia destruído mais de 88 blindados, fora as peças de artilharias inutilizadas. Michael e seu Tiger sobrevivem a batalha de Kursk.

Trivia: Durante a batalha de Kursk, documentos apontam que naquele dia, aproximadamente 30 tanques t-34, de diferentes versões seriam abatidos pelo 88 de Wittmann e Woll.




O grande feito:

Tiger de produção inicial n° 205 de Michael Wittmann 
Durante a batalha de Villers-Bocage, 3 divisões panzer foram destacadas para a tarefa, a SS-Panzerabteilung 101, divisão Panzer-Lehr e a 12° divisão Panzer SS Hitlerjugend. Uma cobrindo o flanco da outra, mais precisamente a 12° divisão cobrindo o flanco esquerdo das demais, com a de Wittmann posicionada no interior da cidade.
Os britânicos da 7° divisão blindada tinha a tarefa de explorar a cidade, e até aquele dia, apenas 3 tanques estavam funcionais na divisão do ás, pois 2 tinham sido danificados e estavam sob reparos. Sendo assim, ao avistar os britânicos muito mais cedo do que esperava, decidiu agir por conta própria, e inclusive mais tarde vinha a relatar:

"Não tive tempo para reunir a minha Companhia, em vez disso eu tinha que agir rapidamente, porque eu tinha que assumir que o inimigo já me tinha visto e me iria destruir. Eu saí com um tanque e passei a ordem para os outros de não recuar um único passo e para manter as suas posições."

Por volta das 09:00am, do dia 13 de junho de 1944, ele move seu tiger e surge na estrada Route Nationale 175 e ataca todos os tanques britânicos ali recuados, entrando mais a fundo na cidade, avista vários veículos de transporte estacionados e deixa-os em chamas incluindo as peças anti-tanque. Logo em seguida se move para o extremo leste da cidade, destruindo mais alguns tanques leves e médios. Vendo todo o estrago, os restos da divisão britânica tenta a retirada pelo centro da cidade, e mesmo em retirada, Wittmann ainda elimina um tanque pesado, dois tanques de observação de artilharia e um carro Half-track.

Em menos de 15 minutos, quase toda coluna da divisão britânica ja havia sido destruida ou inutilizada pelo Tiger.


Nem tudo são flores:

Foto de propaganda com os anéis de morte no canhão.
Durante o ocorrido, opiniões de vários historiadores se divergem, sabe-se que o Tiger de Michael
tinha sido desativado durante esta batalha. Algumas fontes afirmam que ele teria achado um Sherman Firefly e falhado em destruir o veículo, mas ele mesmo afirma ter sido desativado por uma arma anti-tanque no centro da cidade antes da retirada das forças britânicas. O tanque utilizado em villers bocage não tinha sido o de numeração 205, mas sim 231, dado a ele dias depois do anterior apresentar falhas mecânicas.
Algum tempo depois recebe outro tanque Tiger novo em folha em sua última versão, o 007 em que seria sua própria sepultura.
Após todo o ocorrido, ele é visto como um herói pela coragem e por 25 de junho é condecorado por Hitler em pessoa,juntamente com sua tripulação, e é utilizado como propaganda para a juventude hitlerista. As pessoas precisavam de um herói de guerra em tempos difíceis.



Ah droga! Tinha que ser uma QF 17 pdr:

Chassi do Tiger I - n° 007
No dia 8 de agosto de 1944, pouco depois de receber todas as condecorações de seu feito, participou de uma pequena campanha em Cintheraux na França, pois julgava que o líder da divisão era muito inexperiente. Aproximadamente as 12:55am, sua divisão cai em uma emboscada de 3 divisões britânicas de blindados, e sob a mira de Joe Ekins dentro de uma floresta, é eliminado com um tiro em sua lateral, fazendo com que seu Tiger 007 pegasse fogo e a torre fosse jogada para o alto.
Até sua morte, Witmann reivindicou pelo menos 138 blindados de diferentes tipos ao longo de sua carreira, e se adicionarmos os números de peças e veículos, o número seria ainda maior. 
Podemos notar que mesmo sendo um oficial de baixo escalão, passou a ser reconhecido pela grande maioria dos soldados alemães.





Torre do Tiger I - n° 007
Trivia: Bobby, não se sabe porque, não estava dentro do tiger 007 e sim em outro tanque, e mesmo muito ferido depois da emboscada, conseguiu sobreviver até o fim da guerra. Algumas fontes afirmam que Wittmann, em uma brincadeira, emprestou seu atirador mais experiente para o comandante com menos experiência em sua divisão com a intenção de equilibrar a mesma.









Bom pessoal, este é um dos primeiros ases que lembrarei vocês aqui, e ainda temos muitos a citar, como o comandante de Jagdtiger Otto Carius e o maior de todos Kurt Knispel.

Boa sorte no campo de batalha!

Por: #ThirdShotCharm

06 abril 2015

WoT na História : Ferdinand / Elefant


200mm frontais. Precisa dizer algo mais?
Bom no WoT e melhor ainda na vida real. Hoje senhores, lhes trago o Ferdinand, SPG fabricado e projetado por nada mais nada menos de Ferdinand Porsche. O veículo sofreu várias modificações ao longo da guerra e mesmo estando em escasso número, cumpriu bem seu papel. De nome técnico Panzerjager Tiger(P), teve um dos melhores KD ratio na história da Panzerwaffe e aqui hoje, veremos o porque.




Use o que sobrou e não saia no negócio!

Sabemos da história dos nossos mais queridos TIGERS e que em 20 de abril de 1942 teria sido a data em que foi mostrado ao Führer dois designs distintos para montar o canhão 88mm KwK 43 L/71. O design de Henschel foi o escolhido pois a transmissão e motores (2 motores V10) do modelo de Porsche davam muitos problemas, sobreaquecendo e pegando fogo durante seus testes. Sendo assim foram fabricados apenas 2 exemplares, um sendo o lendário 003 que sumiu sem deixar algum vestígio. 
Lendário 003 - Comandado por Hauptmann Grillenberg - Chassi n° 150013

Ao mesmo tempo, foi também exigido um SPG com aproximadamente 200mm de blindagem frontal disposto a montar a mesma arma e com peso limitado a 65 toneladas. Os chassis inutilizados dos Tigers(P) serviu de base para o novo TD alemão.

Design e rumores:

Pelo fato da arma ser muito longa, Porsche resolveu usar uma super-estrutura montada na parte traseira e remontar o motor no meio do tanque, separando assim a tripulação. Rumores também indicavam que pelo motor ter sido transferido para o meio do mesmo, o chassi teria sido "revertido" para tal operação, porém, não passa de um rumor, o chassi e o tanque olham para o mesmo lado. Fato que pode ser observado pela redução final localizada na parte de trás do veículo.
A casamata era uma pirâmide truncada de quatro lados feita com aço naval cimentado com espessura de 200mm frontais! O chassi tinha espessura inicial de 100mm, então foram adicionadas placas para aumentar a blindagem mais 100mm, dando ao SPG os exigidos 200mm de blindagem frontal. Em Fevereiro de 1943, Hitler Pessoalmente batiza o monstro de Ferdinand, em homenagem ao seu criador, Ferdinand Porsche. E em 16 de fevereiro começa a produção em massa.

Hans...Não posso ver meus colegas!

Se você fosse o motorista ou operador de rádio, e por ventura gostasse muito de seu comandante, era provável que só visse ele vivo(ou morto '-') no fim da batalha, uma vez que os compartimentos da tripulação eram divididos por chapas de aço, então a comunicação interna era toda feita por rádio e não havia nenhum tipo de comunicação visual para o motorista e operador de rádio. A casamata era formada pelo comandante, atirador e dois municiadores.

Ok Hans, mas e em combate?

O Ferdinand era um inimigo muito perigoso em batalha, uma vez que podia penetrar qualquer coisa que os soviéticos possuíam em até 1000m, enquanto o inimigo tinha que chegar muito mais perto para causar danos. A mantlet da arma era em formato de uma "pera" e logo foi observado que era uma solução ruim, uma vez que os estilhaços entravam no tanque. Outro problema era que, pela incapacidade de andar em terrenos moderadamente moles, fazia com que antes de qualquer missão, o caminho era escoltado pra assim então o SPG tomar seu rumo. A blindagem realmente fazia sua parte, em sua maioria eram abatidos por minas terrestres.


Resolução de problemas a modificações:

Os primeiros Ferdinand construidos não tinham nenhum tipo de arma anti-infantaria, o que causou muitos problemas em campo de batalha e inclusive alguns foram abatidos por coquetéis molotov no compartimento do motor, sendo assim foram adicionadas uma metralhadora para o operador de rádio e uma cúpula para melhor visão do comandante. O problema do mantlet foi também resolvido por uma chapa de aço quadrada montada ao canhão. Após as modificações ele foi conhecido por Elefant.

Trivia: O Ferdinand usado no jogo é o Ferdinand antes das modificações, a mantlet quadrada foi feita o mais rápido possível, antes da metralhadora e da cúpula.

Poucos números, várias baixas inimigas

Documentos apontam como se centenas tivessem sido fabricados, quando foram na verdade apenas 90 unidades. E seu uso maciço foi somente na parte norte durante a Batalha de Kursk. O Ferdinand foi um dos mais bem sucedidos caça-tanques da história, com uma relação eliminações e perdas de aproximadamente 10:1. Durante a Batalha de Kursk, o 653° batalhão de caça-tanques afirma ter eliminado / desativado aproximadamente 320 inimigos ao custo de apenas 13 Ferdinands. Somente um tanque na época era capaz que lutar de igual pra igual com o SPG, a SU-152, e era uma questão de quem atirasse primeiro.

Merda WoT! De novo!

Diferente do que está no World of Tanks, não existia nenhum Ferdinand com uma arma de 128mm, a possibilidade foi cogitada porém a super-estrutura seria muito pequena para comportar arma de tal tamanho. Mais um projeto inventado pelos loucos de Minsk.

Bom pessoal, isso é tudo que tenho pra vcs sobre esse violentíssimo caça tanques, espero que tenham gostado, assim que eu puder, trago mais informações mais interessantes para vocês. 
Boa sorte no campo de batalha!
-Isso é tudo pessoal!
- Cala a boca Hans! Somos alemães, não americanos!

Por #ThirdShotCharm

03 abril 2015

Armas antitanque: A resposta dos Aliados


Com uma guerra em toda Europa os veículos blindados eram a vanguarda de qualquer ofensiva alemã. A evolução da blindagem avançou em um ritmo desconcertante e os alemães aprenderam muito com seus Panzer.

No entanto, com Tiger em desenvolvimento, os avanços não iriam parar por ai. As autoridades britânicas não estavam cegas para essa a evolução e assim nasceu a minha peça antitanque favorita: O Ordnance QF 17 Pounder, o primeiro capaz de furar a blindagem frontal de um Tiger e responsável por uma das imagens mais intrigantes quando o assunto é blindagem.

O desenvolvimento da nova arma:
Como tal, em 1941 o trabalho já havia começado em um canhão antitanque de maior calibre para o exército britânico na necessidade de uma arma capaz de parar tanques. A próxima evolução lógica do canhão antitanque caiu dentro do calibre 76,2 mm e, para os britânicos, seria emitido um novo projétil de 17 kg apropriado para derrotar qualquer blindagem do inimigo. Com as exigências definidas, design passou rapidamente e, finalmente, deu à luz ao “Ordnance QF 17 pounder”, o maior e mais pesado da família de canhões antitanque.


O novo canhão antitanque Ordnance QF 17 pdr era uma vasta atualização dos projetos do QF 2 pdr e QF 6 PDR (cada sistema foi assim denominada com base no peso de seus respectivos projéteis). O QF-17 baseou-se principalmente em uma nova munição penetrante com cinta descartável (APDS) que melhorou as habilidades básicas de penetração de munição britânica e este tipo de projétil foi introduzido pela primeira vez no QF 6 PDR.


Ordnance QF 17 pdr

Características formidáveis:
O projeto de QF-17 pdr foi caracterizado pela sua disposição convencional que consiste em um cano longo, desmontável para transporte. O longo cano do canhão com duplo freio de boca colocado em uma montagem ajustável que contou com um grande bloco de culatra para carga na parte traseira. A tripulação foi parcialmente protegida por um grosso escudo blindado angular plano. Um par de rodas de cada lado do canhão montados em um reparo biflecha, servindo tanto como braços de reboque como apoio para recuo. Um sistema de recuo dedicado foi equipado com um sistema de cilindro debaixo da base da culatra. O cano foi formalmente classificado como "L/60" e a 180 polegadas de comprimento. Elevação foi limitada de -6 a 16,5 graus com uma rotação horizontal de 60 graus. Velocidade de saída varia entre 3.000 e 4.000 metros por segundo dependendo do projétil. Como um todo, o QF-17 pdr pesava 4619 kg e exigia uma equipe de pelo menos sete pessoas.

A peça foi projetada para disparar Projétil Perfurante (AP), Projétil Perfurante com Cinta Descartável (APDS) e Projétil Explosivo (HE). Projéteis perfurantes foram naturalmente utilizados para combater alvos blindados, como tanques, enquanto projéteis de alta explosivos foram usados ​​contra veículos leves e concentrações de tropas. Alcance máximo foi de aproximadamente 10.000 metros. O canhão 76,2 mm podia penetrar até 130 mm de espessura armadura em 1.000 metros e as suas capacidades de elevação (juntamente com HE) que lhe permitiu ser usado como um obus campo improvisado para desalojar inimigos. Uma equipe de tiro de combate experiente e bem treinada e poderia efetuar até 10 tiros por minuto.


Improvisando uma resposta rápida:
A indústria britânica assumiu a produção do QF 17 pdr enquanto as versões de pré-produção já estavam disponíveis em agosto de 1942. Como tal, isto forçou a adaptação da peça QF-17 pdr no reparo dos canhões Ordnance QF 25 PDR interinamente até que a produção total pudesse ser alcançada. Estas variantes "Mutt" foram designadas de “QF 17/25-pdr". Isto permitiu que o novo canhão fosse colocado em campo rapidamente no Norte de África, onde o tanque Tiger foi fazer a sua estreia combatendo em grande número. Pelo menos 100 peças foram levadas para as forças do Exército britânico no Norte de África, onde foram rapidamente colocados em ação. Com as conversões completas, os britânicos foram capazes de combater os tanques Tiger alemães com sucesso.

Uma vez que os próprios reparos do QF 17 PDR estavam disponíveis, o canhão finalmente apareceu em sua versão final de produção. No entanto, essas novas montagens mostraram-se pesadas e exigiu muito das tropas para reposicionar e um veículo trator para o transporte em longas extensões de terreno, o que impede a sua utilização como uma arma de infantaria. Por outro lado, essa mesma arma ostentou um perfil mais baixo ideal para emboscada e seus poderes de penetração pesavam a favor. Com a Campanha Norte Africana concluída e Alemanha afastando-se do continente, os modelos de produção finalizados foram disponibilizados apenas a tempo para combate na Itália de 1943 ao longo da estrada para Roma e, finalmente, Berlim.

Marcando a história:
Em 1945, o QF-17 pdr era o canhão antitanque principal do exército britânico, servindo principalmente com suas baterias na Artilharia Real. A peça se mostrou tão valiosa para a causa aliada que estava mobilizada com as forças da Commonwealth na necessidade de tal arma. Para o exército britânico, o QF-17 pdr iria cair na história militar como a última incursão no desenvolvimento de canhões antitanque e pôr fim a uma muito bem sucedida, embora às vezes esquecida, a contribuição da artilharia de campo. Forças britânicas utilizaram o QF-17 pdr em 1950, antes de terminado o uso operacional e mais ações de combate cumprimentou o modelo na Guerra da Coreia. No entanto, o canhão sobreviveu em posse de outros exércitos.



Múltiplas aplicações:
O canhão QF 17 pdr foi ainda equipado nos chassis dos tanques britânicos Valentine para produzir o veículo "Archer". Este veículo foi único em que a peça realmente foi preparada para disparar para trás, permitindo ao veículo ficar à espreita de tanques inimigos, completar a emboscada e mudar para terreno favorável, sem a necessidade de rodar todo o veículo para a retirada. O canhão QF-17 pdr também foi montada no caça-tanque M10 "Aquiles", nos melhorados tanques Sherman Firefly , tanques Challenger e Comet  e do próximo Centurion Mk 1 da série.

#Ralmajid

02 abril 2015

Feio e ordinário: Os tanques mais bizarros e inúteis da História

É notório que quase todos os modelos de tanque possuem um formato muito familiar, sempre com esteiras para a locomoção, torre com armamento e espaço compartilhado para soldados e munições. Mas no decorrer do desenvolvimento dos tanques, protótipos foram criados para aprimorar o desempenho das máquinas de guerra e até criar novas aplicações. Diversas experimentações foram feitas e dessas tentativas muitas delas entram no hall dos "mais bizarros da história". Listamos alguns desses carros de combate que saíram do lugar comum e inovaram, sem medo do ridículo.


Russian Tsar: Também conhecido como o Netopyr '(Нетопырь) ou Lebedenko Tank (танк Лебеденко), era um veículo blindado russo incomum desenvolvido por Nikolai Lebedenko em 1914.
A principal característica era não usar esteiras, mas duas rodas raiadas da frente com cerca de 9 metros de diâmetro e uma roda traseira menor, de apenas 1,5 metros. A torre de canhão superior se erguia cerca de 8 metros de altura. O chassi tinha 12 metros de largura, com mais dois canhões nos estabilizadores. Armas adicionais também foram planejadas sob a barriga. Cada roda foi alimentada por um motor Sunbeam de 250 hp (190 kW). As enormes rodas tinham a intenção de atravessar obstáculos, no entanto, devido a erros de cálculo do peso, a roda traseira estava propensa a atolar em superfícies macias e as rodas dianteiras eram, por vezes, insuficiente para retirá-lo de atoleiros. Isso levou a um fiasco de testes em agosto de 1915, sendo abandonado no mesmo ano. O tanque permaneceu no local onde foi testado, cerca de 60 quilômetros de Moscou até 1923, quando finalmente foi desmontado para a sucata.


Progvev-T Gasdynamic:
Esta besta de 37 toneladas era formado por um chassi de T-54 e um motor a jato MiG-15 no lugar do canhão. Você provavelmente está pensando: "Para que serve este tanque?" Bom, apesar de muito estranho, ele teria uma função muito nobre, a destruição de minas terrestres. O motor a jato que lançava ondas de calor e torravam minas terrestres em uma distância segura, embora nunca realmente veio a ter esse uso e provavelmente teria um papel melhor na liberação de gelo / neve. De tão ineficaz foi retirado rapidamente de serviço.







Vickers-Carden-Loyd Utility Tractor:
A empresa britânica Carden Loyd conquistou respeito do Exercito Real Britânico por seus projetos de tankettes, pequenos veículos para transporte de tropa, sendo o mais bem sucedido o Vickers Mark VI. Antes disso,  A CL fez um protótipo de um veículo blindado individual realizado em 1934. Por ter um custo muito elevado e pouca efetividade em um campo de batalha foi desconsiderado para produção em massa.





M15A Gun Motor Carriage: Aparentemente, apenas um protótipo foi feito e que foi abandonado logo depois da guerra. A principal característica é o uso de múltiplos canhões, direcionados em vários ângulos para uma cobertura em 360º. Mas a principal característica era sua principal fraqueza: era impossível incluir uma tripulação para operação de tantos canhões e a armadura rebitada não era efetiva. Curiosamente, há rumores indicando o M15A foi projetado para ser um veículo não tripulado, destinado a operar por controle remoto via rádio!







Armored Quadricycle: Considerado o primeiro veículo de motor a explosão com armamento militar, foi desenhado para suporte de infantaria. Ele foi projetado e construído pelo inventor britânico FR Simms em 1898, colocando uma metralhadora Maxim Mark IV acima das rodas dianteiras de um quadriciclo. Colocou também um escudo para a proteção do piloto, que também operava a metralhadora. Foi descontinuado pelo próprio criador depois do mesmo ter desenhado o Motor War Car. 









Motor War Car: Seguindo a trajetória de inovação, FR Simms projetou também o que é considerado primeiro carro blindado já construído. Foi projetado em abril 1899 e entrou em produção no mesmo ano pela fábrica Vickers, Sons & Maxim. Foi projetado sob uma base de chassi Daimler Coventry, blindagem de 6 mm e um motor de quatro cilindros Cannstatt Daimler desempenhando 16 hp numa velocidade máxima de cerca de 9 quilômetros por hora. Como armamento, carregava duas metralhadoras Maxim em duas torres com 360° de alcance. Seu uso seria durante a Guerra Boer, mas o atraso durante seu desenvolvimento prejudicou a entrada no campo de batalha, sendo entregue pela Vickers somente em 1902, quando a Guerra Boer já havia acabado.  







Venezuelan Tortuga: Tortuga foi um veículo blindado projetado e construído na Venezuela, em 1934, durante o governo de Juan Vicente Gómez. A primeira aparição foi em um desfile militar na cidade de Maracay. Concebido para enviar uma mensagem clara para a Colômbia, que tinha criado várias fronteiras e incidentes políticos. Foi um blindado muito chamativo onde a forma da blindagem era semelhante a um chapéu de polícia de Londres. Muito difícil de manobrar, sistema de ventilação falho, visibilidade quase nula e uma torre com metralhadora de 7mm tornou o veículo inútil no campo de batalha.








Antonov KT: O Antonov A-40 Krylya Tanka (russo: крылья танка, que significa "asas de tanque") foi uma tentativa soviética de inserir um tanque no campo de batalha depois de ser rebocado no ar por um avião, apoiando as forças aerotransportadas ou partisans. Um protótipo foi construído e testado em 1942, mas verificou-se ser impraticável. Este veículo é às vezes chamado de A-40T ou KT rebocava um tanque T-60.








Treffas-Wagen: Empresa alemã do Bremen Hansa-Lloyd Works criou em 1917 o Treffas-Wagen, em 1917. Era basicamente um trator superpesado com um canhão central embutido em seu chassi. Suas enormes rodas pesavam quase 18 toneladas. A tripulação de 4 tripulantes espremia-se no que foi apelidado de "caixão de lata".










ISPG (Italian Self Propelled Gun): este carro de combate é um dos mais estranhos, com um enorme canhão em sua parte traseira e rodas com quase o tamanho de um homem.












German Ball Tank: Sabe-se pouco sobre este tanque alemão capturado na frente oriental (na Manchúria) em 1945 e atualmente em exposição no Museu Militar em Kubinka, na Rússia. O protótipo tem uma blindagem de 5mm, espaço para um único combatente e era movido por um motor de 2 tempos. Sem armas, tudo indica essa máquina foi usada como um veículo de reconhecimento. Especula-se que Krupp, responsável pelo projeto do Tiger I, poderia ter construído este como Reconnaissance Rollzeug (Rolling Vehicle). Assim, ele é muitas vezes referida como "Krupp Kugelpanzer", ou "Tanque Bola".





Tracked Besta: Veículo norte-americano de 1917 que tinha como objetivo principal abrir estradas em terrenos difíceis. Carregava em sua torre um canhão de 15mm. Muito lento e ineficaz, foi substituído por tratores civis ou chassis de tanques modificados para atuar no mesmo propósito.








Chrysler TV 8: Tanque experimental projetado por Chrysler na década de 1950. O tanque foi concebido para ser um carro de combate médio de propulsão nuclear capaz de atuar em terra ou em operações anfíbias. Armado com um canhão de 90 milímetros T208, tinha um dispositivo de compactação hidráulica montada na torre, com munição armazenada na torre traseira atrás de um anteparo de aço separando-se da tripulação. Também foram incluídos duas metralhadoras coaxiais de 0.30 e uma metralhadora .50 operada por controle remoto. Um circuito fechado de TV foi implementado como uma medida para proteger a tripulação do flash de explosões nucleares. O tanque foi destinado a permitir-lhe flutuar, com a torre operando como estanque d'água e equipado com bombas de jato de água na traseira para permitir à propulsão. O projeto foi cancelado em abril de 1956.


Qapla'

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